Com nova direção, Fundação de Cultura vai recuperar Aracy Balabanian e manter festivais

O resgate de patrimônios históricos como o teatro Aracy Balabanian e a Casa do Artesão, em Campo Grande; e do Castelinho, em Ponta Porã; e a manutenção dos Festivais de Bonito (Festin Bonito) e Corumbá (América do Sul) estão entre as prioridades do Governo de Mato Grosso do Sul na área cultural. A informação é da nova presidente da Fundação de Cultura (FCMS), Mara Caseiro, que foi empossada em ato publicado ontem (12.2), no Diário Oficial do Estado (DOE).

 

“Vamos fazer um planejamento das atividades culturais em uma gestão democrática, ouvindo todos os segmentos. O governador atribuiu algumas missões. Uma delas é o resgate de patrimônios como o Centro Cultural José Octávio Guizzo, que hoje, infelizmente, está com o Teatro Aracy Balanian impossibilitado de receber espetáculos. Vamos fazer a recuperação desse espaço, uma reestruturação geral porque é um espaço de extrema importância”, conta a nova gestora.

 

O primeiro desafio dela à frente da pasta, no entanto, será outro: o Carnaval. Em 2019, o Governo de Mato Grosso do Sul irá patrocinar apenas as duas maiores festas carnavalescas do Estado: em Corumbá e Campo Grande. Após o Brasil enfrentar a maior crise da história, o governador Reinaldo Azambuja optou por destinar para a área da saúde parte do dinheiro que antes irrigava a festa popular.

 

Para conseguir mais recursos para o setor, Mara Caseiro pretende buscar parcerias com empresários, fazer uso da Lei Rouanet e planeja ainda uma audiência no Ministério da Cultura. “A cultura faz parte da nossa identidade. É algo muito importante e que precisa ser valorizado, mas temos que tirar a sobrecarga do Governo do Estado e buscar alternativas”.

 

Ex-deputada estadual e ex-prefeita de Eldorado, ela afirma ainda que irá trabalhar para que os artistas regionais recebam o reconhecimento pelo trabalho. “Sou do interior e entendo que nossos artistas e nossa diversidade cultural têm que ser valorizados. Faremos os talentos da nossa terra ficarem mais conhecidos com circuitos de dança, teatro e música”, finaliza.