Temporada do Chapéu – Mostra Nacional de Teatro de Rua terá início nesta quinta-feira

ZeroUmInforma/ArteECultura – Nos dias 16 a 19 de março, o Teatro de Rua vai ocupar e agitar a cidade. É que o Teatro Imaginário Maracangalha realiza a VII Temporada do Chapéu nas ruas de Campo Grande. O evento conta com investimentos do Fundo de Investimentos Culturais (FIC) e parceiros.

Para iniciar, haverá o tradicional Cortejo de Abertura que será conduzido pela Orquestra Vai Quem Vem e com demais artistas. A programação conta com mostra de teatro de rua, intervenção artística, performance, seminários, oficinas, lançamento de livros e sarau a céu aberto. Toda a programação é gratuita e os ingressos para os espetáculos no Sesc devem ser retirados com uma hora de antecedência.

VII Temporada do Chapéu prevê a realização de 12 (doze) espetáculos de regiões diferentes do país e aqui de Mato Grosso do Sul. Nas ações de formação acontecerá o “Seminário Arena Aberta – A rua é nossa” com a participação de artistas de diferentes regiões  do Brasil: Vera Parenza (RS), Vanéssia Gomes (CE), Marcio Silveira dos Santos (RS), Marcelo Palmares (SP), Luiz Valente (SP), João Rocha (MS). O mediador dos Seminários será o diretor do TIM, Fernando Cruz.

“Tecendo um panorama do teatro de rua e as políticas públicas para espaços públicos no país, indagando qual é o espaço da liberdade de expressão nas ruas no momento em que o país retrocede em suas políticas sociais e na democracia, seguimos fortes e vivos na manutenção da arte pública para todos, é este o propósito de estarmos sempre atuantes”, explica Fernando Cruz.

Durante a Temporada, haverá “Oficina Teatro e o Corpo”, com o Grupo Pombas Urbanas de São Paulo e o lançamento de duas importantes publicações sobre Teatro de Rua.

VII Temporada Do Chapéu

A “Temporada do Chapéu”, em sua trajetória de seis anos consecutivos e agora na sétima edição tornou-se referência de arte pública em Campo Grande, no MS e no país, tendo reconhecimento notório por sua qualidade de espetáculos, performance, intervenções e seminários.

O projeto conta com o investimento do Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul (FIC 2015) e também com o apoio cultural de parceiros como: SESC Mato Grosso do Sul, Central de Economia Solidária e Rede Brasileira de Rua.

As apresentações acontecem em vários espaços públicos abertos, o que possibilita o acesso ao público de todas as idades e segmentos sociais, possibilitando ao o público campo-grandense ter acesso gratuito a produção teatral de rua do país e do MS.

A Temporada do Chapéu privilegia a troca de saberes entre grupos e a comunidade local durante a mostra, qualificando dessa forma os grupos locais que muitas vezes ficam isolados de ações formativas referente a linguagem de rua e suas especificidades.

A parte formativa da Temporada do Chapéu também acontece em espaços abertos, destacando-se pela participação de importantes nomes do teatro brasileiro e de estudiosos sobre arte pública em espaços públicos com lançamentos de publicações, seminário e oficinas abertas à comunidade.

 Arena Aberta

O “Seminário Arena Aberta” é reconhecido como um dos importantes momentos de debate e construção de conhecimento sobre a relação entre arte pública e políticas públicas para arte em espaços abertos dentro do direito a cidade, a cada ano que passa mais pessoas interessadas participam desse importante momento.

Foto: Tati Brandão

 O Grupo

O Teatro Imaginário Maracangalha ao completar dez anos em 2016 é reconhecido pela capacidade e importância em mudar e afirmar a cena de arte pública no MS realiza três vezes ao ano o “Sarobá – ocupação de rua” com linguagens integradas, mostra de repertório de espetáculos e intervenções no mês de agosto quando comemora seu aniversário, ocupando o ano todo as ruas e praças da cidade.

O grupo é composto por atores e produtores de arte e cultura e desenvolve ações continuadas de pesquisa, montagens e apresentações públicas, fazendo do chapéu sua forma de resistência, circulando nacionalmente com seus espetáculos e oficinas.

Participa ativamente da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR) que integra grupos e companhias de teatro de rua com processos continuados, intercambiando conhecimento e formas de ocupação e realização de mostras e festivais de teatro, discutindo autogestão, criação, política e estéticas para rua.