“Céu de Querubins–Almas Gêmeas” chega ao MARCO

ZeroUmInforma/ArteECultura – Pinturas, fotografias, poemas, um documentário premiado e uma lona de caminhão que: virou arte, foi para a estrada como utensílio e novamente se transformou em arte após cumprir sua missão. A exposição “Céu de Querubins – Almas Gêmeas”, do artista plástico sergipano Aecio Sarti está em evidência no Museu de Arte Contemporânea (MARCO), desde a noite desta quinta-feira (4) até o dia 6 de março, com tantos aspectos e detalhes que nem as palavras dão chance para descrever. Além do filme, um vasto material fotográfico de Gustavo Massola, poemas de Deise Justus e três palestras também fazem parte da programação.

Tudo começou com uma lona de caminhão que virou arte nas mãos de Aecio com a pintura de querubins, anjos considerados mensageiros de Deus e símbolos da justiça divina. Depois de pintada, a lona voltou para a estrada como utensílio que era. Durante o trajeto que percorreu no caminhão a lona auxiliou no transporte de potes usados para armazenar água na seca. Potes estes que nasceram arte, foram para as residências do sertão como utensílio vivenciando a pobreza e repousaram mais tarde expostas como arte. “São conexões universais presentes no cotidiano. É um presente da vida dentro de um processo de renascimento, ora das artes, ora dos objetos utilitários”, definiu o artista.

O trajeto da “tela” gigante de 12 metros de largura por 8 de altura rodando estradas do Brasil resultou em um brilhante documentário de 25 minutos. “Para fazer o filme procuramos um caminhão que tivesse uma rota poética e um caminhoneiro bacana, para que a história fizesse sentido. A história do sertão, do caminhão e da arte ali presente se entrelaçam. Foi como se os querubins ali pintados tivessem abençoado não só o trajeto do caminhão mas de todos nós envolvidos. Sem dúvida é um projeto muito nosso, da nossa família mas é também uma história de um Brasil verdadeiro”, contou Daniel Sarti, filho de Aecio.