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Amanhã e na sexta (13 e 14), a Ginga Cia de Dança apresenta novo espetáculo “Se você me olhasse nos olhos”. As apresentações acontecem na casa de show Hangar Live Music em duas sessões por dia, às 19h e 21h. A entrada é gratuita. Reservas pelo e-mail contato.aradocultural@gmail.com.
Selecionado pelo Prêmio Célio Adolfo de Incentivo à Dança 2013 da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul, “Se você me olhasse nos olhos” é uma criação coletiva de intérpretes-criadores com experiências distintas em dança, principalmente em dança contemporânea e danças urbanas, mediados pelos diretores Renata Leoni e Chico Neller.
A produção é inspirada no livro “Amor Líquido”, do sociólogo Zigmund Bauman, e no espetáculo homônimo estreado pela Ginga Cia de Dança em 2008. No livro, o sociólogo discute a fragilidade dos laços de afeto na pós-modernidade, as relações flexíveis, tipo fast food e as “redes” que são criadas e desfeitas com a mesma facilidade. A retomada das investigações sobre a fragilidade das relações humanas levou a uma abordagem bem humorada, diferente do espetáculo de 2008.
O local escolhido para a estreia do novo espetáculo, uma casa de shows, é pouco convencional. A escolha contribui para reforçar o tema e favorece a proximidade e o contato entre os artistas e o público, uma experiência que a companhia vem provocando em suas criações recentes.
Em “Se você me olhasse nos olhos”, os intérpretes Ana Maria Rosa, Adaílson Dagher, Gustavo Lorenço, Laura de Almeida, Marcos Mattos, Ralfer Campagna, Reginaldo Borges e Roberta Siqueira são instigados pelos cinco sentidos e embalados por uma trilha apaixonada quase brega. Por meio da linguagem da dança contemporânea, eles brincam com as possibilidades que trazem as trocas de olhares.
Em um momento do espetáculo, a Ginga faz uma versão da coreografia “Rosas danst Rosas”, da companhia belga Rosas. Criada em 1983 pela coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker, com música de Thierry De Mey e Peter Vermeersch, “Rosas danst Rosas” é um clássico da dança contemporânea. No site da companhia, a coreógrafa incentiva outros dançarinos a fazerem novas versões do trabalho, que já ganhou diversas interpretações no mundo inteiro.
