Pixinguinha e Mambembão, projetos que marcaram época, voltam com novidades

ZeroUmInforma/ArteECultura – O ministro da Cultura, Roberto Freire, reuniu-se na sexta-feira (10) com o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Stepan Nercessian, na sede da instituição, no Rio de Janeiro, para discutir os últimos ajustes para o relançamento dos projetos Pixinguinha e Mambembão, iniciativas que marcaram época nas áreas de música e artes cênicas, respectivamente. A expectativa é que os projetos voltem a ocorrer em novo formato, ainda este ano, a partir de edital que será lançado em breve. Uma das principais mudanças é que haverá a preocupação em descentralizar as caravanas e incentivar as apresentações não só nas capitais e grandes cidades, mas também nos municípios do interior.

“Estivemos com o presidente Michel Temer, que está participando, junto com o MinC, desse relançamento do Pixinguinha e do Mambembão. Ele achou excelente a ideia”, afirmou o ministro da Cultura, Roberto Freire. “Os dirigentes da Funarte terão a responsabilidade de fazer com que a instituição volte a atuar com protagonismo nas expressões artísticas e culturais brasileiras”, ressaltou Freire.
As apresentações do projeto Pixinguinha — que promove caravanas com encontros entre dois grandes nomes da música ou nomes emergentes — passarão por 60 cidades, que estão sendo definidas. “Antes, as caravanas iam muito para as capitais, até por questões de espaço para apresentação. Mas, hoje em dia, muitas cidades do interior vêm fazendo um trabalho muito importante na área musical, e a gente vai contemplar”, afirmou o novo diretor do Centro de Música (Cemus) da Funarte, Marcos Souza.
Pelo Projeto Mambembão, serão apresentados 70 espetáculos, que farão 1.050 apresentações divididas entre as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. As melhores apresentações, escolhidas pela Funarte, farão um tour por todas as regiões, esclareceu o diretor designado do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte, Ginaldo de Souza. Na versão original do projeto, o objetivo era levar montagens que se destacaram em sua região de origem para se apresentarem na Região Sudeste.
O presidente da Funarte, Stepan Nercessian, destacou a importância da parceira com o ministério da Cultura: “É uma parceria que se estabelece cada vez mais forte entre a Funarte e o ministério”.
Também participaram também da reunião o secretário-executivo do MinC, João Batista de Andrade, os secretários de Articulação e Desenvolvimento Institucional, Adão Cândido, e de Fomento e Incentivo à Cultura, José Paulo Soares Martins, o chefe da Representação Regional do MinC no Rio de Janeiro, José Haddad, o diretor-executivo da Funarte, Reinaldo Veríssimo, e o coordenador-geral de Planejamento e Administração da Funarte, Paulo Grijó.
Projeto Pixinguinha e Mambembão: o melhor da arte pelo Brasil
O projeto Pixinguinha foi lançado em 1977, mesmo ano de fundação da Funarte, inspirado na série de shows Seis e Meia, que desde 1976 lotava o Teatro João Caetano, no Centro do Rio de Janeiro, com espetáculos às 18h30 e ingressos a preços populares. Através da iniciativa, diversas cidades brasileiras puderam assistir a espetáculos de grandes artistas da música popular, como os veteranos Cartola, Jackson do Pandeiro e Marlene, os então iniciantes Marina Lima, Djavan e Zizi Possi e ainda Edu Lobo, João Bosco, Nara Leão, Paulinho da Viola, Alceu Valença e muitos outros.
Já o Mambembão fez sucesso nas décadas de 1970 e 80, quando abriu espaço para que montagens aplaudidas fora do eixo Rio-São Paulo conseguissem chegar ao Sudeste. O objetivo era colocar na estrada montagens que se destacaram em sua região de origem, seja pelo sucesso do público ou elogios da crítica.
Fonte: Ministério da Cultura