16.06 a 15.07 – Jaguar Parade

Buga Peralta é responsável por estilizar uma das onças da Jaguar Parade

 

Artista plástica também é autora da obra Comitiva, exposta no Memorial do Homem Pantaneiro.

 

A artista plástica sul-mato-grossense, Celair Ramos, mais conhecida como Buga Peralta, customizou uma das onças que estarão expostas entre os dias 16 de junho e 15 de julho, em diversos pontos da cidade de São Paulo. A obra é participante da Jaguar Parade, intervenção artística urbana que reúne esculturas de onças-pintadas estilizadas.

 

Indicada para participar desta edição da Jaguar Parade pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro) e ISA CTEEP, transmissora privada de energia, Buga Peralta quis mostrar a realidade que tem sido vivenciada não só pelo Pantanal, mas por todo o país: desmatamento e incêndios florestais. A onça estilizada pela artista ficará exposta no Shopping Cidade São Paulo e depois irá para Nova York.

 

“A pintura que fiz na onça apresenta fragmentos de verde, simbolizando o que resta de florestas. No corpo também inseri troncos queimados e cortados. A ideia foi chamar a atenção para o desmatamento e outras atividades de enorme impacto ambiental que ocorrem no País, especialmente no Pantanal impactando diretamente no habitat de felinos e todos os demais seres vivos: animais e plantas”, conta. A artista ainda afirma que quis fazer algo decorativo, mas “aproveitar a oportunidade para fazer uma denúncia, um alerta”.

 

A parceria de Buga com o IHP é antiga. Ela é a responsável pela obra “Comitiva”, exposta no Memorial do Homem Pantaneiro, uma iniciativa do instituto para preservação da memória do homem pantaneiro.

 

“A Buga Peralta é uma artista que engrandece a arte, a cultura. Pelas mãos dela, temos Comitiva, uma obra impactante e extremamente representativa para o Pantanal. Agora, ela nos deu a honra de estilizar uma das onças-pintadas, com uma mensagem tão urgente e necessária nestes dias que vivemos”, afirma o presidente do IHP, Ângelo Rabelo.

 

As onças da edição de 2022 do Jaguar Parade foram customizadas por artistas como Vinícius Zoia, Cecil Chique, Cintia Abravanel, Luiz Escañuela, Celair Ramos (Buga Peralta), Isabelle Ferreira Juliano, entre outros. A Jaguar Parade é apresentada pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura, ISA CTEEP e PremieRpet.

 

A causa – A onça-pintada desempenha um papel ecológico fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas, protegendo a biodiversidade, as águas e as florestas, além de garantir a sobrevivência das espécies que convivem com ela e de seus habitats associados. O felino está presente em 18 países da América, mas nos últimos 100 anos sua população foi reduzida quase pela metade. Estima-se que, na Amazônia, existem 4,5 onças-pintadas por 100 km2, em unidades de conservação, e 2,5 em áreas desprotegidas.

 

Por isso, a fim de preservar a espécie e seu habitat, a ISA CTEEP, em conjunto com os aliados técnicos South Pole e Panthera, desenvolveu o Programa Conexão Jaguar, que tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças do clima por meio da implementação de projetos florestais em áreas prioritárias para a proteção, recuperação e conexão do habitat e corredores da onça-pintada. Em 2020, foi considerado o melhor programa corporativo de compensação de emissões pelo ranking Environmental Finance Awards.

 

O programa foi lançado no Brasil em 2019 e contribui com a proteção e a conservação da biodiversidade em mais de 76 mil hectares na Serra do Amolar, região pertencente ao Pantanal, em parceria com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP). Tal região abrange os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de fazer fronteira com Bolívia e Paraguai.

 

 “Esta é uma iniciativa que nos orgulha e reforça a nossa contribuição proativa para os desafios ambientais globais. Estabelecemos alianças estratégicas para a transformação que, neste caso, em parceria com a Jaguar Parade, promovem a conscientização para esta causa primordial da preservação da biodiversidade e de um ecossistema equilibrado para a sobrevivência dos animais, como a onça-pintada. Esperamos que as pessoas possam se aproximar da arte e acompanhar as pinturas, além de interagir com os artistas”, destaca Ana Carolina David, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ISA CTEEP.