17.07 – Sarau no Parque

Do audiovisual ao rock em libras, Sarau no Parque é opção de lazer no domingo

Pela terceira vez consecutiva, no domingo (17), o Parque das Nações Indígenas é ponto de encontro da arte sul-mato-grossense, das 16h às 20h. Entrada franca.

Quem procura uma programação de fim de semana já pode reservar o domingo (17 de julho) para curtir muita cultura e cidadania no Parque das Nações Indígenas, altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. É o Festival Sarau Cultura e Cidadania no Parque, que reunirá artistas que vão do samba, como as meninas do Grupo Sampri, até o rock em libras, com a Brandes Band.

“A proposta do sarau é contemplar as mais variadas formas de linguagem artística que há em Mato Grosso do Sul. Nesse tempo de quase pós-pandemia, queremos fazer essa ponte de diálogo entre a população e os artistas, mostrar que, sim, temos identidade e uma cultura diversa”, explica Thathy Dmeo, produtora Festival Sarau Cultura e Cidadania no Parque que ainda ressalta, “a cada edição a gente irá trazer talentos do interior, artistas PCDs , LGBTQI+ e 60 mais”.

Serão diversas atrações para agradar os mais variados estilos, sob o comando dos apresentadores, Professora Rô e Wagner Jean. Também haverá os estandes com exposições de pintura, artesanato, gastronomia típica sul-mato-grossense, em uma praça de alimentação, para dar uma reforçada na energia do público, entre uma apresentação e outra no palco.

A programação está recheada de talentos. Batucando Histórias; DJ Thelonious Junk; Grupo Sampri e Bandes Band – Rock em Libras (Música); Mago Tom (Artes Cênicas/); Grupo Cigano Isa Yasmin (Dança Cigana); Coletivo Femme (Arte e Cultura de Rua); Yure Tavares (Stand Up) e Coral Sagrada Família (Artistas 60+) já são presenças confirmadas no palco.

MS tem Cultura

Para o ilusionista Mago Tom, que mora em Ponta Porã, eventos como o Sarau no Parque exercem muito mais do que a função de vitrine. “O MS tem um grande potencial artístico a ser fomentado, principalmente no interior. Projetos como este contribuem para mostrar que o Estado tem muitas linguagens na arte, além daquelas que geralmente já estão no consciente coletivo da população”.

Ariane Nogueira, bailarina do Coletivo Femme, destaca o espaço como lugar de fala. “As danças urbanas, que é o que estudamos, têm estilos pesados por exigirem muito do corpo. Então, a gente acaba mostrando que a mulher tem a sua força. Sem contar que a luta feminina já está implícita em nossa arte, nosso grupo é composto por mulheres de perfis, cores, cabelos diferentes entre si, o que só reforça o poder e a importância da nossa união para atingirmos objetivos comuns”, afirma.

Outros artistas que também estarão pelo redondo do Parque das Nações, com exposição de arte e venda de produtos, são:  Vini Willyan dos Santos Arruda (Audiovisual); Ton Barbosa (Exposição e Intervenção – ao vivo); direto do município de Coxim – Gleicielli Nonato – artista indígena da etnia Guató (Literatura);  Eva Vilma (Espaço Brincantes); Nabo (Arte Educação);  (Moda e Design); Coletivo dos Povos Originários (Cultura e Tradições Indígenas); Labirinto Cultural – Artistas da Terra – UCDB (Pesquisa) e Renasce – Iris Moreira e ONG Pei Hung – Trevo Veggie (Gastronomia).

Cidadania na arte

A estrutura do Sarau no Parque foi toda pensada para ser um lugar de lazer e acessibilidade, com disponibilidade de cadeiras de rodas e, também, assentos diferenciados para pessoas com sobrepeso. Além de banheiros químicos, equipe de atendimento emergencial com ambulância e segurança.

Acessibilidade que, inclusive, é pontuada no palco. A Brandes Band, por exemplo, promete fazer da libras um caminho para o rock. “O grupo quebra paradigmas de quem fala que ‘surdo não gosta de arte’, ou seja, a banda não leva apenas a música, mas, todo um contexto de democratização da cultura”, explica a intérprete em línguas de sinais e artista, Karem, que lembra, “o dia do rock foi celebrado na quarta-feira, dia 13 de julho, mas, é no domingo [17 de julho] que será a comemoração Vai ter muito rock em libras para todos curtirem juntos”.

Participar – E quem quiser participar do Sarau no Parque ainda dá tempo. É que o projeto continua com inscrições até dezembro pelo link (https://www.secic.ms.gov.br/sarau-no-parque/ ).

Ao todo, são esperadas 25 edições do festival, sendo uma média de 16 atrações no palco principal e artistas com exposições nos estandes, o que contabilizará 400 participações culturais dentro do Sarau no Parque.