Coleção de moda assinada por Edson Clair é lançada com desfile em formato virtual

Reconhecido no cenário cultural de Campo Grande pela atuação no eixo da moda e da dança, o coreógrafo e estilista Edson Clair lança sua mais nova coleção de roupas – da grife FNK – por meio do projeto “Fashion Dance Phigital”. Todas as peças podem ser conferidas por meio do desfile gravado em formato de vídeo que já está disponível nas redes sociais:  Youtube pelo canal Edson Clair e no Instagram pelo perfil @espacofnk – na aba IGTV.

 

O nome da coleção faz uma alusão as duas linguagens utilizadas no projeto: o plano físico (Physical em inglês) e o digital. Uma referência ao desfile da nova colação que, embora tenha reunido modelos na passarela, foi viabilizado ao público em formato de vídeo. É na internet que as pessoas poderão conferir e comprar as criações do estilista.

 

O vídeo é apenas o primeiro episódio do projeto que prevê ainda outros dois. O segundo trará cenas dos ensaios e o terceiro com entrevistas dos artistas, modelos e bailarinos, envolvidos no trabalho.

 

O desfile através do audiovisual foi a alternativa encontrada pelo artista para apresentar seu mais recente trabalho dentro deste período conturbado de pandemia. “O projeto reúne as coisas que mais amo: a dança e a moda. Daí a proposta de roupas que dançam, ou melhor, que convidam as pessoas a se movimentarem”, enfatiza Clair.

 

Tanto que a nova coleção pode ser comparada com um convite à dança. “Em ambas as situações você precisa se permitir, dizer sim para vivenciar. O Fashion Dance Phigital faz esse chamado ao público para as peças, porque são vestimentas que prezam o movimento sem abandonar a versatilidade de uso para as mais diferentes ocasiões e ambientes”.

 

Uma liberdade que vem do estilo “street wear” – moda e cultura urbana – na qual Clair busca a inspiração ainda na fase dos croquis – desenhos. Até a origem da marca FNK bebe desta fonte, uma vez que o nome da grife faz alusão ao grupo de dança Funk-se, fundado há 25 anos pelo próprio artista.

 

“A FNK surgiu para atender uma demanda do público [bailarinos] que não encontrava, na cidade, peças fluídas para conciliar a dança com o dia a dia. Agora, a ideia é ser mais abrangente, mostrando pelo desfile que qualquer pessoa, de qualquer idade, pode usar e combinar as peças com alguma outra mais formal do guarda-roupa. Vai da criatividade”.

 

Backstage

 

Pluralidade que é sentida a partir do vídeo do desfile. A gravação traz modelos de diferentes perfis na passarela, com ênfase também no colorido dos tecidos. “O projeto é uma forma de reagir a tudo o que a sociedade está vivendo na pandemia. A cartela de cores vem para nos tirar do cinza. Já os modelos são jovens, crianças, idosos, negros, brancos, japoneses, enfim, pessoas de diferentes perfis para indicar que a moda é atitude, expressão”.

 

Com trilha sonora feita sob encomenda, takes coreografados e filmagem em alta definição, dessas dignas de cinema, o projeto promete encantar o público e, ainda, dar aos fãs do Funk-se a chance de matar um pouquinho a saudade.  “Sem dúvida que o público faz muita falta. Mas, as pessoas vão assistir ao desfile, sentir a música, a coreografia e conferir efeitos de luzes e até planos com bailarinos de ponta cabeça”, revela Clair.

 

Engajamento

 

Outros dois pontos altos do projeto estão na preocupação com o meio ambiente e o bem-estar social. Isso porque o projeto “Fashion Dance Phigital” trabalha com o conceito “Upcycling” – moda reutilizável. “Reaproveitei tecidos para confeccionar jaquetas e bolsas. Itens feitos a partir de antigos figurinos do Funk-se”, explica.

 

Enquanto, também, é articulada a doação de cestas básicas na região do Noroeste. “Parte das vendas das peças serão revertidas em mantimentos que serão entregues às famílias na comunidade. É um outro modo da arte se fazer presente na vida das pessoas”, avalia o artista.

 

O projeto seguiu os protocolos de biossegurança durante as gravações. Os trabalhos foram executados mediante recurso do edital Morena Cultura e Cidadania, advindo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), por meio da Prefeitura Municipal de Campo Grande, com recurso da Lei Aldir Blanc (LAB).

 

“Sem esse investimento, muitas coisas seriam inviáveis. Apesar do momento delicado de pandemia, foi incrível receber esse recurso. Se antes eu tive de arcar com toda a coleção, dessa vez consegui empregar mais profissionais dentro do projeto”, observa.

 

E, se você ficou curioso para conferir a coleção completa basta acessar o Instagram @espacofnk ou o canal Edson Clair no Youtube. Já para comprar uma das peças basta mandar mensagens no Instagram para adquirir online ou agendar uma visita no Espaço FNK que fica situado na Rua 13 de maio, n.º 1575, centro de Campo Grande.