Política/Zerouminforma
Para os militares, 31 de março de 1964 foi início o da Revolução denominada de “Redentora” quando a caserna passou a comandar – até 1984 – o País após depor o então presidente João Goulart. Havia o temor de que o comunismo dominasse o país, segundo a justificativa para a ação que teve apoio de parcela do empresariado e latifundiários.
Para a população, em sua grande maioria, tratou-se realmente de um “Golpe Militar” com todo período sendo considerado como anos de chumbo.
A imprensa foi censurada. Estudantes, jornalistas, políticos, líderes sindicais e representantes de outros segmentos sentiram o peso do comando do coturno. Muitas pessoas desapareceram nas prisões.
No então Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, a situação não foi diferente: políticos foram presos e cassados, cidadãos comuns, profissionais autônomos e simpatizantes contrários ao novo regime acabaram na cadeia, Na época, surgiu em Campo Grande até uma organização de “caça a comunistas’’.
Na música, o cantor e compositor Geraldo Vandré teve sua obra “Prá não dizer que não falei das flores’’ (Caminhando) censurada pois se tornou um hino e símbolo de resistência. Ele foi preso, torturado, calado e exilado.