31 de Maio – “Viola para o Mundo”

Na próxima terça-feira, 31, a partir das 20h, o músico Marcos Assunção realiza show de sua turnê “Viola para o Mundo” no Teatro Glauce Rocha. A apresentação é gratuita, aberta ao público e encerra uma série realizada entre abril e maio por todo o estado, nos Câmpus da UFMS.

 

O show faz parte do Programa Mais Cultura nos Câmpus e de um projeto composto também pelo lançamento dos livros de sua autoria “Viola Brasileira – volumes I, II e III” e por um curso on-line. A ação tem o incentivo do Fundo de Investimentos Culturais (FIC) da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), do Governo do Estado de MS. Na oportunidade, quem quiser poderá doar alimentos não perecíveis, que serão encaminhados a instituições filantrópicas.

 

“Apresentaremos o repertório que está no ‘songbook’, que é o volume três da série de livros. Conta com composições autorais e para a viola caipira, com tablatura e arranjo inédito para canções símbolos do nosso estado como o ‘Trem do Pantanal’, que está em blues, ‘Comitiva Esperança’, com uma mistura com o cururu, o maracatu e o baião, e ‘Tocando em frente’, entre outras músicas de compositores como Almir Sater, Paulo Simões e Geraldo Roca. Meu repertório autoral trafega por vários gêneros da música brasileira e da música mundialmente estabelecida, como o jazz e o blues, entre outros”, informou Marcos.

 

O show do dia 31 terá a participação do percussionista baiano Marco Lobo, que já trabalhou com nomes da MPB como Milton Nascimento, Gilberto Gil e Marisa Monte, entre outros; de Sandro Moreno, instrumentista conhecido no estado e no cenário nacional por trabalhos como o desempenhado junto à Banda Urbem; de Felipe de Castro e de José Fernando D’Andrea, que tem parceria com Gabriel Sater, Ivan Vilela e trabalhos com Manoel de Barros; e de Jonathan Marques que é percussionista e tem acompanhado Marcos Assunção em festivais pelo Brasil. “São convidados especialíssimos, participações brilhantes. Agradeço a oportunidade de dividir o palco com esses grandes mestres da nossa música”, disse.

 

Carreira e projeto

 

Marcos Assunção é músico instrumentista formado pela UFMS com atuação no cenário musical há 20 anos. Trabalhou com importantes nomes do estado e teve o trabalho reconhecido em editais culturais como o projeto Pixinguinha da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e outros editais de fundos de investimentos culturais, com projetos voltados à música instrumental.

 

O músico contou que além de compor, gosta de estudar. “Sou pesquisador, acredito que quanto mais ingressamos no conhecimento sobre música, mais vemos o quanto é um campo amplo, e compor é o meio de exercitar esse conhecimento. É também uma forma de trazer o que eu sinto com a música, com os instrumentos que tenho como principal engrenagem, que são a guitarra semiacústica, a viola caipira e o violão sete cordas”, explicou.

 

Marcos idealizou o projeto “Viola para o mundo” há cerca de dois anos, trabalhando um repertório no qual insere a viola caipira no centro da comunicação sonora, entre diversos gêneros musicais e outros instrumentos. “Há um aspecto interessante nesse contexto que é a viola não mais como um instrumento utilizado apenas no meio rural, mas como um instrumento urbano, influenciado por essa pluralidade musical cultural existente e tendo a improvisação com outros instrumentos da vertente da música brasileira também muito fortes, muito importantes”, apontou.

 

Além dos concertos, o projeto “Viola para o mundo” é composto pelo lançamento de três livros inéditos dedicados à viola. O primeiro, desenvolvido em 2019, é voltado à leitura de partitura da viola e traz algumas peças transcritas por Marcos Assunção para o instrumento, como obras de Johann Sebastian Bach e Ernesto Nazareth. O curso on-line é referente a este primeiro livro. “Com o projeto estou podendo lançar o volume dois, que é a harmonia e improvisação aplicada à viola caipira, mas que também serve para todos os outros instrumentos, e o volume três que é o ‘songbook’ com música autoral. Os livros são o resgate e a preservação das nossas músicas, nossas raízes e histórias para as futuras gerações”, afirmou.

 

A preparação para os shows da turnê durou cerca de nove meses. “Pensamos em toda a sequência musical, no audiovisual, no cenário, tudo de forma proposital para levar uma mensagem ao público. O primeiro evento foi em Coxim e foi muito satisfatório levar essa produção aos estudantes, às mentes pensantes do nosso país. A Universidade é um local no qual a arte, cultura e o conhecimento sempre estiveram presentes, e a música que levamos provoca algo novo nas pessoas”, declarou o músico, que contou também ter sido muito bem recebido em todos os Câmpus.

 

“Tivemos uma atenção específica por parte da direção e coordenadores, parabenizo também aos professores por terem a preocupação de levar aos estudantes o esclarecimento do que é importante para o desenvolvimento humano, que inclui também essa forma de estrutura musical, na qual trafegamos por várias vertentes da música brasileira, que vai do baião e do maracatu à nossa cultura fronteiriça com a polca e guarânia, em meio a improvisos jazzísticos”, finalizou.

 

Serviço

 

O show de encerramento da turnê “Viola para o mundo” será no dia 31 de maio, a partir das 20h no Teatro Glauce Rocha na Cidade Universitária. A participação é gratuita e quem quiser poderá levar um alimento não perecível para doação a instituições filantrópicas.