Elaborado com o intuito de ocupar um espaço pouco utilizado em Dourados, o projeto de extensão “Arte na Praça: vivências artísticas com mulheres”, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), leva arte e conhecimento à Praça da Juventude – Estação da Cidadania, localizada no bairro Parque das Nações, na região leste da cidade.
Com início em março, o projeto visa a apresentação de espetáculos e a oferta de oficinas centrados na área de artes cênicas, mas em diálogo com outros campos do conhecimento, como artes visuais, design e psicologia, e englobando o tema do feminismo, no âmbito da troca de saberes e de experiências entre mulheres.
A ideia da elaboração do “Arte na Praça”, de acordo com Junia Pereira, coordenadora da iniciativa e professora do curso de Artes Cênicas da UFGD, surgiu do desejo de se ocupar um bom espaço pouco utilizado, em uma região periférica da cidade. “A Praça da Juventude conta com um teatro de bolso muito bom e pouco usado e eu, enquanto professora, sempre quis fazer algo lá”, conta a docente.
Ela explica que o projeto foi criado no ambiente do curso de graduação em Artes Cênicas, mas é uma parceria interdisciplinar com a professora Cátia Paranhos, do curso de Psicologia, e com a programadora visual Marise Frainer, da Assessoria de Comunicação Social, além de bolsistas e outros docentes de Artes Cênicas.
Também são parceiros a Secretaria Municipal de Cultura de Dourados e os grupos artísticos Coletivo Clandestino, Núcleo Teatral Isadora, Núcleo Cena Viva e Orendive Teatro Intercultural.
As atividades se iniciam com a apresentação do espetáculo “Todas serão Joanas!”, do Coletivo CLanDesTino. O evento teve in[icio no sábado, dia 5 de março, às 17h, no pátio interno da Praça da Juventude.
A partir do dia 17 de março iniciam-se oficinas para mulheres e para crianças, que acontecerão todas as quintas-feiras, às 14h30. As oficinas serão simultâneas para que mulheres que cuidam de crianças possam participar, deixando suas crianças também numa atividade. Nas oficinas para mulheres, o foco será a iniciação teatral e também serão promovidas rodas de conversa sobre vários temas. Para as crianças, atividades artísticas e de recreação.
No domingo, 3 de abril, às 19h, haverá a apresentação da peça curta “Cães”, com o Núcleo Teatral Isadora (NUTIS), no Teatro de Bolso da Praça da Juventude. Também estão previstos para os meses de maio e junho de 2022 apresentações dos espetáculos “A vida nos traz presentes inesperados”, do Núcleo Cena Viva, e “Jaity Muro”, do Orendive Teatro Intercultural, em datas a serem anunciadas posteriormente.
Todas as atividades serão desenvolvidas de forma gratuita na Praça da Juventude – Estação Cidadania, que fica na rua Costa Rica, 2-108, Bairro Parque das Nações.
m
PROGRAMAÇÃO PARA MARÇO E ABRIL
→ Espetáculo Teatral: “Todas serão Joanas!, com o Coletivo CLanDesTino
Sábado, dia 05/03, às 17h, no pátio interno da Praça da Juventude. Entrada Franca.
Sinopse: Nasceu Joanas! Voltamos às ruas! O Coletivo CLanDesTino compartilha: Uma terra distante! Uma mulher é queimada na fogueira? Seria uma deusa? Uma louca? Ou uma feiticeira? A história de Joanas. A existência que desafia os poderosos de Pantanal do Sul. Você viu aquela bruxa? Sabe o que ela fez? Com participação especial do Trio Joanas!
Pesquisa e criação: Adriano Paes, Camile dos Anjos, Igor Schiavo, Júnia Pereira, Karla Neves, Markus Chaves | Direção: Karla Neves | Direção musical e trilha sonora: Markus Chaves | Dramaturgia: Igor Schiavo, Júnia Pereira e Karla Neves | Figurino: Beatriz Gabriele e Karla Neves | Maquiagem: Karla Neves | Estruturas cênicas: Ed Alvarenga.
→ Oficinas para mulheres e oficinas para crianças
Todas as quintas-feiras, a partir de 17/03, às 14h30, na Praça da Juventude. Participação gratuita. Inscrições no local.
→ Peça curta: “Cães” com o Núcleo Teatral Isadora
Domingo, dia 03/04, às 19h, no Teatro de Bolso da Praça da Juventude. Entrada Franca.
Sinopse: Quando Cristóvão Colombo chegou ao Novo Mundo escreveu, maravilhado, a seus financiadores — os Reis da Espanha — que aquele lugar deveria ser o Paraíso na Terra. Árvores majestosas, frutos saborosos, fontes de água límpida e habitado por uma gente nua e inocente. Colombo pede aos reis que “não permitam que aqui venha ou ponha pé nenhum estrangeiro — salvo católicos cristãos.” Ironias à parte, da beleza da arara restou o nome do execrável pau de arara e a gente inocente assumiu a função dos cães que guardam o que ainda é possível extrair deste Paraíso Perdido.
Produção: Núcleo Teatral Isadora | Direção e Dramaturgia: Beto Mônaco | Atuação: Gina Tocchetto | Criação de Luz: Gil Esper | Direção Musical: Willian Grando | Provocação Artística: Roberta Ninin | Fotografia de cena: Raique Moura | Fontes utilizadas na dramaturgia: Excertos de Carta de Cristóvão Colombo, Poesia “Espanha e Holanda”, de Leila Diniz, Poema Fábula “Ossos” e Canção “Vento”, de Gina Tocchetto.
